O feminismo é uma prática plural que passa pelos nossos corpos e transforma os nossos encontros com a vida e na vida. Geração e dissidência conduzem o feminismo que eu vivo, e ele toma as paredes do ateliê Folleta em uma exposição aberta em março, mês de luta, que fica em cartaz até novembro. O encontro é situado em uma casa de bairro onde há traços expressivos daquelas que encontrei e a quem me uni na vida. Aqui feministas de várias gerações participam em diferentes formas de expressão, como: publicações, cartazes, livros e depoimentos gravados. O feminismo que eu vivo é militante, teórico, publicador e latino-americano. A militância foi uma escolha da juventude, e para ela me entreguei e viajei para lugares da América Latina principalmente. A teoria veio dos livros e, depois, veio da minha prática. Hoje ela me ajuda a organizar o que penso, um método feminista apaixonado é essencial para se estar no mundo. A publicação nasceu na militância, fiz livros, jornais, revistas, boletins, opúsculos, panfletos, são 20 anos pensando a página e suas inúmeras possibilidades. Não existiria feminismo para mim se não houvesse redes coletivas de mulheres, pessoas trans e corpas dissidentes latino-americanas, com elas aprendi e a elas entrego esta exposição. É muito bom ter você aqui, quero que conheça algumas produções e pessoas que passaram pelo meu caminho e me transformaram, vamos ao mapa!
Fernanda Grigolin

O trajeto